domingo, 1 de agosto de 2010

Triste Madrugada.

"Sinto que estou chegando ao fim, meus olhos cegam, me despeço sem remorso, a vida é mesmo assim, efêmera e tão frágil, imprevisível...""

Se deita, mão na cabeça, escorre as lagrimas, a madrugada mal começou, pensa, suplica, se aperta, soluça, mão no rosto pra limpar as tristezas, levanta e caminha pela casa, procura fotos ou qualquer semblante, se arrepende, se senta e chora de novo, sente o aperto e se pergunta “por que?”. O aperto no peito da vazão a dor, que impede o sono e mantém acordado, se culpa, se xinga e mente pra si mesmo, liga a tv pra tentar esquecer, o filme é legendado e ele não consegue enxergar, seus olhos quase não abrem de tanta lagrima a escorrer, desiste e desliga, vai até a cozinha e toma um café, já que é pra ficar acordado então que seja de pé. Já são três da manhã e ele ainda “de pé”, motivos banais, é só um ser humano, mas se culpa demais pois não costuma errar, senta e descreve o que sente, olha suas musicas e só vê as mais tristes, uma trilha sonora pra uma madrugada tão triste. As horas passam e ele a escrever, o sono finalmente chega, mas a dor se recusa a morrer, um pouco mais de café pra vê se termina, não consegue escrever, se sente incapaz, se perde nas linhas e volta a outrora, tudo de novo e ele volta a “morrer”, amassa o papel e joga pela janela, nada está bom, muito menos o seu humor, e começa de novo a luta no seu interior. Olhos cansados olham o relógio já são cinco da manhã, com uma roupa qualquer vai dar uma volta, anda em círculos por um único quarteirão, com os fones de ouvido e a “maldita” trilha sonora, tudo vazio, menos os bares, esses sim tem gente, pensa, mas não é desses, volta pra casa cansado e volta a escrever, já são seis da manhã, o sol já vai nascer, mas antes disso ele volta a escrever, um texto que talvez responda o porque...

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